sábado, 27 de novembro de 2010

Celebrando a cultura alternativa e a liberdade. (Libertinagem)


Segundo post. Só pra falar sobre um momento que mudou minha vida. Na verdade um momento, um disco dentro de uma caixa e papelão bem grande escrito Libertinagem. E mudou minha vida de novo, um arquivo chamado Libertinagem.tar.gz.
Eu tinha uns 15 anos, vivia dentro de uma loja de discos chamada Navena Muzik, no bairro do Flamengo, no Rio de janeiro e essa caixa de papelão chegou à minha mão. O disco começa com uns barulhos de manivela e o áudio do início do filme 1984. Não entendi muito bem…. Mas nas primeiras guitarradas e gritos dos vocalistas vi que era algo que ia bater e não ia voltar nunca, impregnou. Tomou conta da minha mente.
As canções falando sobre sexo, liberdade, roubo, amor; tudo isso como me dissesse: “Bem vindo ao mundo!”
A caixa de papelão inclui ainda toda a ideologia da banda, quebrando todas as barreiras do punk rock e mostrando que era possível pensar e se desapegar de todo o pensamento proto-fascista de todas as “tribos” dos anos 90, início dos anos 2000. Foram o disco e a caixa de peplão que me fizeram passar por tudo que eu passei e passo: as passeatas na rua, a militância, a liberdade de software e a convivência entre olo-fi e a tenologia.
Na verdade, não preciso fazer um grande post o disco, apenas baixem o CD no link acima e sejam felizes. Se quiserem ver a caixa de papelão, apareçam na CASA e comprem o disco por um preço bem barato.
Ouçam com seus próprios ouvidos, sintam com seus próprios dedos, vejam com seus próprios olhos: sintam com suas próprias mentes.

O império contra-ataca (apache2 x lighttpd x nginx)



Olá pessoal,
esse é o meu primeiro post no blog. Agora sendo levado mais a sério. Eu quero falar sobre a comunidade de software e tecnologia do Rio de Janeiro, uma comunidade muito rica que está sempre questionando os padrões estabelecidos de desenvolvimento de sistemas em diferentes áreas da tecnologia. E é capaz de criar documentos importantes como o o small_acts_manifesto.
O primeiro post deve falar um pouco sobre isso. Temos a necessidade de superar determinadas regras pré-estabelecidas para estabelecermos padrões mais ágeis e eficientes no desenvolvimentos de tencologias. O primeiro padrão a ser superado: o servidor web Apache2 (aquele que tem uma comunidade sisudamente meritocrática que tem como simbolo a peninha e que me faz sempre lembrar do brinquedo Forte Apache). Vamos ao assunto…
Apesar de não gostar, tenho trabalhado muito com esse servidor web com aplicações em php, a receita de bolo já está lá pronta para esse tipo de casos e a equipe segue adotando o Apache como padrão.
Há algumas semanas atrás, tive que migrar um servidor apache2 para lighttpd pois o cliente, que desenvolvia sites em php,  O cliente tinha sido de alguma maneira “engaubelado”(ou não) pelo provedor de hospedagem, que disse que migraria o servidor web para algo mais potente, venderam a família inteira e o cara aceitou. Servidor ligado, lighttpd na máquina e nenhum redirecionamento de url funcionava, estava tudo nos .htaccess, que é um padrão do apache, que todo mundo faz questão de usar só pra colocar dados do servidor na mão de qualquer um. Mas estava lá, aquele servidor migrado e um cliente desesperado, sem poder gerenciar nada.
Acabei entrando no rolo ouvindo que o cara tava com um apache parado, que não funcionava nada. Logo identifiquei o problema e passei todas as configurações para o lighttpd, mas fora das mãos do cliente.
Fiquei com pena do cara, porque eu só vejo gente penando pra botar servidor em lighttpd no ar. Ainda mais num FreeBSD. Não é Felipe Mendes e Tadeu. Sabia que qualquer mudança nas aplicações e já era metado do trabalho feito. Pena de mim também, pô.
Está certo que com o lighttpd é mais rápido, mas também é verdade que ele tem menos funcionalidades que o Apache. E não podemos ser levados pela filosofia do: “quer conforto? toma-lhe custo.”
Alguns dias depois acabei o conhecendo o russinho nginx (aka: engine X), a primeira vez que digitei /etc/init.d/sginx start me surpreendi só de ver que ele não demorava nem 0,5 segundo pra levantar.
Depos fui para o curso Welcome to The Django, aprender a desenvolver aplicações web com python-django. Lá usamos o herike, que está em nginx. O nginx funcionando com o fastcgi funciona mais ou menos como um gateway de servidores fastcgi, com entrada na porta 80. E funcionam dezenas de aplicações com um gateway só. E você pode fazer isso com o PHP também. Tá tudo aqui ó: nginx-wiki, é só ler e fazer. (ou vocês acharam que eu ia dar a receita do bolo?)
Então, para os desenvolvedores web e administradores de servidores web. E principalmente empresas de hospedagem de sites. Parem de admitir que só existe o apache e outros desses servidores, que só está lá instalado porque a interface de administração do domínio, ou do servidor só funciona com ele (CPANEL, etc…).
Vamos parar de alugar serviços de hospedagem que não dão nenhuma possibilidade de administração do sistema. Façamos as contas: 1 serviço de hospedagem de site sai por 30 reais, sem funcionar direito e sem você saber o que está acontecendo, enquanto você paga 20 dólares só pra começar, testar, aprender e elevar a qualidade do serviço exponencialmente. São até 10 reais de diferença por um pouquinho de liberdade com o que você está fazendo. E olha que ainda não colocamos na ponta do lápis o prejuízo que é estar com uma aplicação fora do ar.
Enfim, ou a gente supera esse padrões ou eles superam a gente.